terça-feira, 1 de outubro de 2019


Filé

A renda filé tem influência dos europeus e também é desenvolvida numa grade, adotando a denominação “artesanato de tela”, pois a técnica consiste em preencher uma tela quadriculada semelhante a uma rede de pesca.


O Filé Alagoano é difundido de geração a geração na região do complexo lagunar Mundaú e Manguaba do estado de Alagoas. A renda colorida feita com fios 100% de algodão (apenas em casos específicos, quando há um pedido especial, elas se utilizam de algum outro fio para tecer o Filé), é registrada como patrimônio cultural imaterial de Alagoas.  A região das Lagoas Mundaú-Manguaba abrange uma área de 252 km2 e abriga os municípios de Coqueiro Seco, Maceió, Marechal Deodoro, Pilar, Santa Luzia do Norte e Satuba, no estado de Alagoas.

E é aí que o Bordado Filé foi certificado como marca alagoana e ajuda mulheres a conseguirem renda própria por meio do artesanato com o uso do algodão brasileiro. A variedade de pontos e complexidade de execução dos pontos entre si, além do intenso colorido, conferem ao bordado desse território características singulares de outros executados com a mesma técnica.

  O bordado é construído a partir de uma rede denominada malha, com espaçamento pequeno, que serve de suporte para a execução do bordado. O trabalho é realizado em duas etapas: a construção da rede e o preenchimento de pontos sobre a rede. Para sua execução são utilizados instrumentos artesanais: agulha em madeira e molde de bambu para tecer a malha, telas (bastidores) em madeira sob diversos tamanhos para a esticagem da malha e ainda a confecção de goma de amido de milho para a finalização do produto.

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